Um levantamento feito pelo SPC Brasil em parceria com a FCDL-SP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo) indicou que a inadimplência no mês de março para a região paulista avançou 4,39% em comparação com o mesmo período do ano anterior, indicando que 23.513 milhões de pessoas estão com nome sujo.
O dado ficou acima da média da região Sudeste (3,11%) e da média nacional (2,67%). Na passagem de fevereiro para março, o número de devedores em São Paulo cresceu 0,92%. Na região Sudeste, na mesma base de comparação, a variação foi de 0,72%.
“Esse avanço demonstra preocupação em relação ao poder de compra do paulista. Mesmo com a taxa Selic em ritmo de queda, o número de inadimplentes avança, gerando um gargalo do poder de compra e crédito, consequentemente na economia do estado”, afirma o presidente da FCDL-SP, Maurício Stainoff.
Segundo a pesquisa, em março de 2024 a média de dívidas de cada consumidor negativado em São Paulo era de R$ 5.300,00. Dos consumidores do Estado, 25,73% tinham dívidas de entre R$ 1.000 a R$ 500. O tempo médio de atraso dos devedores negativados de São Paulo é igual a 26,7 meses, sendo que 40,10% dos devedores possuem tempo de inadimplência entre 1 a 3 anos.
O volume de dívidas em atraso dos residentes de São Paulo aumentou 7,43%, em comparação a março de 2023. Esse aumento superou a média da região Sudeste (5,54%) e a média nacional (4,91%). Em relação ao mês anterior, houve uma queda de 0,12%, enquanto na região Sudeste essa variação foi de 0,14%.
A abertura por faixa etária do devedor mostra que o número de devedores com participação mais expressiva em São Paulo em março foi o da faixa de 30 a 39 anos (25,53%). A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 50,22% mulheres e 49,78% homens.
O número de inadimplentes no Brasil atingiu 67,18 milhões em março, representando um aumento de 2,67% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O estudo realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostra que 40,89% dos brasileiros estavam negativados em março deste ano.