Cai consumo de alimentos de origem animal e cresce o mercado plant-based

De acordo com a pesquisa “O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based 2022”, realizada pelo The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil) e patrocinada pela Notco, foodtech global e principal referência de alimentos à base de plantas, 61% dos entrevistados reduziram o consumo de ingredientes originados de animais no ano passado. Entre as razões dessa mudança de hábito está a sustentabilidade. Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) aponta que quando alguém abre mão de consumir produtos de origem animal em apenas um dia da semana, ela deixa de emitir 14 kg de gás carbônico na atmosfera e economiza 3,4 mil litros de água.

“Quando removemos o animal das refeições, não estamos apenas ajudando os animais em si, mas também retirando todas as partes ruins da produção de alimentos: consumo de água, emissão de carbono, pressão sobre o espaço de terra e desmatamento. É assim que realmente movemos a agulha e fazemos uma mudança, que pode acontecer por meio de ações sutis na rotina alimentar”, afirma Vanessa Giangiacomo, head de Marketing da NotCo. A executiva acrescenta que outro motivo pelo qual as pessoas estão diminuindo o consumo de carne é a saúde. “Fora todas as vantagens ambientais, vários estudos já demonstraram que a ingestão de uma dieta baseada em plantas ajuda a prevenir doenças crônicas, como diabetes e doenças cardíacas, por causa dos ingredientes livres de colesterol. Sem falar que são ótimas opções para pessoas com alergias ou intolerâncias”.

Com essa mudança de comportamento da sociedade, os produtos plant-based também estão ocupando mais espaço no mercado. De acordo com a Euromonitor, o consumo de alimentos plant-based cresceu quase 70% em 5 anos no Brasil, demonstrando a procura por esse tipo de alimento, enquanto o consumo de carne bovina vem caindo desde 2018, com a projeção de queda da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) atingindo 10,6% no ano passado.

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