Assim como o e-commerce, o marketplace também apresentou crescimento recorde em 2020. Durante o Marketplace Conference 2021, realizado em março passado, a Ebit | Nielsen divulgou que o segmento teve expansão de 52%, o que resultou em R$ 73,2 bilhões para a categoria. No total, foram 148,6 milhões de pedidos, ou 38% acima do verificado em 2019. O tíquete médio dos marketplaces também se manteve alto, em R$ 493, representando um aumento de 10% em relação a 2019.
A pandemia foi, sem dúvida, a mola propulsora para que o varejo digital adotasse esse modelo de negócio. Existem muitas vantagens nas plataformas de marketplace B2B. De acordo com Thiago Coelho, CEO da Omnik, empresa especializada na gestão de operações marketplace, elas são vantajosas para otimizar as negociações comerciais da indústria e compras no atacado. “Aos poucos, torna-se dispensável fazer várias ligações telefônicas e trocas de e-mails para realizar cotações, porque os processos digitais ampliam o portfólio de produtos e fornecedores, com redução brusca de investimento em estoque e logística.”
Coelho acredita que, com esse modelo cada vez mais fortalecido, principalmente durante a pandemia, a tendência é que o marketplace se solidifique. O executivo cita uma pesquisa da consultoria McKinsey, segundo a qual esse modelo business-to-business está passando por uma série de mudanças, e as empresas que utilizam essa modalidade estão afirmando que as interações digitais com os clientes são duas vezes mais eficientes do que no formato tradicional (visitas e demais ações presenciais). A Omnik, segundo Thiago Coelho, registrou aumento de 100% na demanda de novos clientes no primeiro semestre deste ano para o modelo marketplace B2B, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Omnichannel
Já é consenso que o omnichannel é a melhor aposta para alavancar as vendas, uma vez que essa estratégia otimiza a experiência de compra, dando autonomia para as empresas. “Basicamente, o omnichannel facilita a convergência entre a loja física, o marketplace e o consumidor. Na prática, integra o varejo físico com o digital, colocando o cliente no centro do negócio e oferecendo um bom atendimento, seja no online ou offline. Por exemplo, permite que o consumidor compre no site e pegue o produto na loja ou ainda vá à loja, avalie o produto e adquira pelo site.”
Thiago Coelho tem as melhores expectativas para 2021. “A Omnik cresceu muito no último ano devido, principalmente, às mudanças de comportamento do mercado. Na comparação do primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020, o faturamento da empresa aumentou 25 vezes.” Adquirida no ano passado pelo Grupo FCamara, a Omnik transforma negócios em marketplaces de forma simples e rápida. A partir de um seller center completo e módulos flexíveis, possibilita a gestão de uma operação de marketplace orientada a dados. Atende lojistas virtuais, indústria e players de e-commerce.